Os versos tortos sem mais indícios
são versos novos com velhos vícios,
um amor inexplicável por inícios;
uma cidade que promete em tudo começar de novo
desde a lua cheia que nasce na pedra alta,
até a manhã de aquarela debochada
pintando o céu, espreitando o mar e os precipícios
da alma, dos bares da Gávea, da memória de outros tempos,
dos nove amores de Vinícius.
uma cidade que promete em tudo começar de novo
desde a lua cheia que nasce na pedra alta,
até a manhã de aquarela debochada
pintando o céu, espreitando o mar e os precipícios
da alma, dos bares da Gávea, da memória de outros tempos,
dos nove amores de Vinícius.
Se eu enlouquecer, que seja no Rio.
Os deuses pretos me entendem mais,
Os deuses pretos me entendem mais,
e me amam mais do que eu a eles.
Se eu não espero dos deuses mais do que espero dos homens...
dos homens e dos ratos de Copacabana.
O Rio engana,
profana o sagrado da minha bossa.
A nova fossa vê o sol se pondo do Arpoador.
Vai ver o amor é o nosso esquema.
Saravá, Poetinha, Saravá, Ipanema.
Se for para sofrer, que seja aqui
do escuro inquieto de um coração tardio.
Viver sem amar é viver arredio.
Viver sem amar é viver arredio.
E para viver só de amor, então, que seja no Rio.
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