Ao primeiro
susto e o verbo morre.
A palavra
cansada há tanto tempo se desfaz.
Tempo demais
para querer ser de novo palavra,
querer ser
todo palavra,
inteiro palavra.
Para depois,
um dia, renascer em tudo o que não se diz.
Renascer
sem meios de se explicar.
Nesse silêncio
povoado de ouvidos,
nesse escuro
que dói nos olhos
a dor das
cores escondidas.
Que a última palavra seja dita!
E repetida
até que seja de novo a primeira palavra.
Primeira
vez que qualquer vida se faça dela,
primeiro amor,
primeiro mar, primeiro tudo.
Que a última palavra seja dita.
Que a última palavra seja dita.
No comments:
Post a Comment